Max — Um exemplo de superação
- postspertence
- 21 de ago. de 2019
- 1 min de leitura
“Vamos tirar o Max da cadeira”. É assim que a coreógrafa Bianca Bueno conta sobre o dia em que o Max deixou a cadeira de rodas pela primeira vez. Aos poucos, a coreógrafa foi estudando como estabilizá-lo. “Para mantê-lo na roda com as pessoas, eu fiquei atrás dele, como se fosse uma poltrona, e o ensinei a agarrar minhas pernas”, ressalta. Bianca fala que nos ensaios os outros participantes utilizavam o tatame para se jogar no chão e poder ensaiar as suas cenas, porém, para o Max, isso não era possível, então ela sentiu a necessidade de incluí-lo junto com os outros integrantes. “Chamei ele pra vir pro tatame com a gente e ele super se animou pra sair da cadeira”, descreve. Aos poucos, a coreógrafa foi estudando como estabilizá-lo, pois ele sofre de hipotonia, que é uma condição na qual o tônus muscular está anormalmente baixo, geralmente envolvendo redução da força muscular. “Pela falta de tônus, ele não consegue ficar sentado e esse é o grande lance. Para manter ele na roda com as pessoas, eu me mantive atrás dele, como se fosse uma poltrona e ensinei ele a agarrar minhas pernas”, ressalta. Nesse processo de aprendizado, Bianca lembra que o ajudou a rolar sozinho através de um estímulo no quadril, onde fazia uma força enorme para conseguir o movimento de rolar. A partir desse esforço para fazer o movimento, que a ideia da cena surgiu. “Fingíamos que éramos o vento soprando, fazendo o Max se movimentar”, salienta. Esta é uma das cenas mais emocionantes do espetáculo e, com toda a certeza, mostra o quanto o Max é resiliente.
Comentários