Oficina Culinária para pessoas com deficiência traz mais autonomia e desenvolvimento motor a partir de atividades na cozinha
- Pertence
- 6 de mai.
- 3 min de leitura
Espaço de contato com a cozinha e a preparação de alimentos cria confiança para uma vida de protagonismo em Porto Alegre
Mexer, cortar, misturar, sentir os cheiros e observar as mudanças na comida ao longo do preparo. Estar na cozinha oferece muito mais estímulos do que pode parecer para uma vida com autonomia de escolhas e ações. É a partir disto que as Oficinas Culinárias do Clube Social Pertence trazem pessoas com deficiência para as cozinhas em busca de mais protagonismo no desenvolvimento de uma vida autônoma, inclusive em suas escolhas alimentares.
A oficina busca colocar a alimentação para as pessoas com deficiência e suas famílias para muito mais do que um ato simples, mas como um ponto essencial para criar mais conexões, trazer memórias afetivas, além de promover mais autonomia para realizar funções importantes do dia a dia em suas próprias casas, em ambientes de trabalho e espaços de lazer, como viagens.
Ao longo do ano de 2025, os participantes estarão imersos em atividades práticas e experiências sensoriais, com a exploração em diferentes tipos de preparações, formas de apresentação e ingredientes nutritivos como as frutas, legumes e verduras, bem como equipamentos e itens de cozinha, incentivando a autonomia e a construção de hábitos culinários saudáveis para a vida toda. Entre as atividades previstas estão:
Exploração de texturas e sabores;
Identificação de cores, texturas e alimentos diferentes por tipo e variação;
Experimentação e estudo de cheiros diversos para familiaridade;
Observação e cumrpimento de comandos, através do passo a passo de receitas, tutoriais personalizadas e ações práticas;
Ensinamento de funções importantes, como: mexer, cortar, picar, misturar, testar, criar e experimentar.
A programação, criada e aplicada pela nutricionista gaúcha Gabriela Moreira, será pautada na diversidade de alimentos, cores, sabores e texturas para auxiliar no aprendizado de novas habilidades como melhor coordenação, desenvolvimento sensorial, comunicação e socialização, além de melhorar o padrão alimentar dos participantes.
Segundo a nutricionista Gabriela Moreira, além de cozinhar, essa experiência fortalece o senso de independência. Cada participante aprende que pode contribuir no preparo de uma refeição, seguindo instruções, experimentando ingredientes e percebendo a importância de cada detalhe. Para facilitar esse aprendizado, utilizamos materiais visuais que ajudam a acompanhar o passo a passo, tornando o processo mais claro e acessível. “Mais do que aprender receitas, os participantes percebem que a alimentação saudável pode ser prazerosa e acessível. Pequenas mudanças na forma de se relacionar com a comida fazem toda a diferença no dia a dia, trazendo mais bem-estar e qualidade de vida", complementa.
Acessibilidade
Nas Oficinas Culinárias, a acessibilidade não é um detalhe, é um compromisso. Todas as atividades são planejadas para garantir a participação de todos, respeitando diferentes ritmos, habilidades e formas de comunicação. O espaço, os utensílios e os materiais utilizados são pensados para tornar o aprendizado mais fluido e intuitivo, permitindo que cada pessoa desenvolva suas habilidades de maneira segura e confortável.
Com o acompanhamento de profissionais especializados, os encontros visam formar um ambiente seguro com suporte individualizado, incentivando a experimentação e auxiliando no desenvolvimento motor, sensorial e cognitivo dos participantes. Para isso, serão utilizados recursos visuais e estratégias adaptadas que facilitem o entendimento do passo a passo das receitas, garantindo que cada um possa acompanhar e participar de forma ativa.
Como participar
As oficinas são realizadas semanalmente no Clube Social Pertence , localizada na R. Gonçalves Lêdo, 473 - Jardim Botânico, Porto Alegre. Para mais informações e inscrições, entre em contato pelo telefone (51) 3108-0710 e confira as as redes oficiais do Clube Social Pertence.
Escrito por Marco Bourscheid.
Revisado por Gabriela Moreira.
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