O conhecimento é garantia de autonomia para quem o adquire. Este é um dos aprendizados vivenciados na prática pelos alunos da primeira turma do Projeto Prosperar, que se desenvolveu durante este ano em parceria com o curso de Gastronomia da Unisinos em Porto Alegre e que, hoje, insere alunos no mercado de trabalho.
As atividades realizadas ao longo de 32h de curso e 10h de workshops contaram com práticas de ensino com a apresentação de itens de cozinha casual e profissional, ensino da preparação e seleção de alimentos, preparo de receitas e capacitações em comércio formal e autônomo. Ao todo, o projeto contou com 42 participantes, sendo 21 alunos, unicamente pessoas com deficiência, e 21 familiares que integraram algumas das formações conjuntas e compartilharam das 40 orientações individuais com foco na inserção no espaço trabalhista.
A compreensão dos aspectos emocionais, psicológicos e de aprendizado para os utilitários do projeto foram um dos itens de valor para o Instituto Social Pertence. Em colaboração entre profissionais da psicologia, assistência social e nutrição, respectivamente Marina Barth, Karla Freitas e Bruna Felizardo Schussler, o clube elaborou uma pesquisa com alunos e familiares envolvidos no Projeto Prosperar para mapear questões de satisfação, aprendizado, confiança e estado psicológico dos entrevistados. A pesquisa foi aplicada no início e conclusão do curso com questionamentos semelhantes e distintos para cada cenário.
Os resultados apresentaram um saldo positivo sobre diversos itens de influência comportamental e profissional, confira:
Ansiedade: Anteriormente ao início do curso, 85,8% dos participantes relataram sentimentos de ansiedade frequente. Na segunda aplicação, o número diminuiu para 68%.
Autonomia: Ao início, 76,2% dos entrevistados relataram conseguir exercer atividades completamente sozinhos. Número este que foi elevado a 89,5% após a conclusão do curso.
Cocção de Alimentos: Inicialmente, 35% dos participantes não sabia como fazer a técnica. Ao final, 100% dos participantes sabiam como realizar.
Cortar Alimentos: Ao iniciar o projeto, 30% dos participantes sabiam como cortar alimentos, mas nunca haviam feito. Formados, 100% dos participantes sabiam como cortar e já faziam a ação.
Cozinhar: Antes do projeto, 35% dos participantes não cozinhavam nenhum alimento ou refeição. Atualmente, 85% deles cozinham frequentemente e apenas 5% cozinham pouco.
Descascar Alimentos: Ao início, 50% dos participantes sabiam como descascar alimentos, mas nunca haviam feito. Ao final, o número passou para 100% de praticantes com frequência.
Manuseio de Dinheiro: Inicialmente, apenas 14,3% dos participantes sabiam mexer com dinheiro individualmente. Formados, o número subiu para 21,1% dos participantes.
Possibilidade de Trabalho: Ao iniciar o projeto, 40% dos participantes conheciam as possibilidades de trabalho na área da alimentação, mas não sabiam onde procurar vagas. Ao final, 95% dos participantes afirmaram conhecerem a área, saberem onde procurar vagas e se sentirem capacitados para trabalhar no setor.
Trabalhar com Alimentação: Antes do projeto, apenas 15% dos participantes não queriam trabalhar com alimentação, cenário que se transformou após a capacitação, apresentando um índice de 100% de participantes que desejam trabalhar com alimentação.
O ano de 2022 se encerra com um quadro de 13 alunos envolvidos em processos seletivos de empresas, como profissionais em contratos formais ou jovem aprendiz. Entre os demais, 6 participantes empreenderam individualmente em seus negócios, junto a 3 formados que foram inseridos plenamente no mercado de trabalho em contratações.
A segunda turma do projeto ainda não possui datas confirmadas ao público, embora esteja em negociação para o primeiro semestre do próximo ano. Acompanhe as redes sociais do Instituto Social Pertence ou confira novidades pelo site da instituição para ficar por dentro de atualizações sobre o projeto.
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